domingo, 28 de outubro de 2012

Vídeo - A LENDA DA LENDA - A Pedra dos Sete Pecados e a Ferrovia Vitória a Minas.

5 comentários:

  1. A Lenda da Lenda, produto de um trabalho de grupo para a Disciplina Ação Cultural, foi, sem sombra de dúvida uma notável experiência.

    Dentro da proposta da Disciplina e ao encontro das "definições de cultura", acrescido obviamente aos conceitos previamente estabelecidos pelos componentes do grupo, literalmente caimos em campo para fazer, se não do trabalho final uma excelência, no mínimo, uma grande oportunidade de experimentarmos nossas capacidades de imaginar, dialogar, e, a partir disso, construir.

    Nossa opção pelo tema Ferrovia Vitória a Minas, tendo como pano de fundo a Lenda A Pedra dos Sete Pecados, surge, também, da observação da transformação das cidades, sociedades e povos que com o surgimento da Ferrovia, o desenvolvimento econômico e a contrução desses sitemas, promoveu e promove mudanças em todo esse contexto.

    Eagleton (2005) apud Raymond Willians, diz que: "Se a palavra 'Cultura' é um texto histórico e filosófico, também é lugar de um conflito político", que, nas palavras de Willians: "O complexo dos sentidos (dentro do termo) indica um argumento complexo acerca das relações entre desenvolvimento humano geral e um modo de vida particular, e entre ambos e as obras práticas da arte e da inteligência".

    Ao elaborarmos esse trabalho modificamos sistematicamente nossos pensamentos e opiniões. Nos movemos e não foi possível nos mantermos em estado de indiferença. E não seria mesmo possível pois, como afirma Teixeira Coelho (2006), "Cultura é o que move o indivíduo, o grupo, para longe da indiferença, da indistinção; é uma contrução, que só pode proceder pela diferenciação. Seu oposto é a diluição".

    Aproveito aqui para recomendar àqueles que se interessem pelo tema a leitura do artigo de Raquel Delag e Euler Siqueira entitulado: Imaginário e Representações Sociais - A Bordo do Trem de Passageiros Vitória a Minas da Revista Rosa dos Ventos do Programa de Pós-Graduação em Turismo da Universidade de Caxias do Sul - jul./dez. 2010/vol.2/nº1.

    Por fim, posso afirmar que Ação Cultural não foi apenas o tema de nosso trabalho, mas, sobretudo, a Ação Cultural esteve presente na forma pela qual o grupo optou por desenvolver a atividade.
    Valdir S. Corrêa (Júnior).

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  2. O desenvolvimento do projeto A Lenda da Lenda dentro do contexto de Ação Cultural deu uma visão mais abrangente sobre o tema abordado, destacando as relações sócio-econômicos-culturais proporcionando várias visões a partir da história contada.

    Esses conjuntos de manifestações e comportamentos vêm mostrar como diferentes conceitos se interagem em algum ponto, pensando no contexto histórico do transporte dos produtos mineiros por meio dos escravos, o lado social do desenvolvimento de vilas e cidades às margens do trajeto da ferrovia, as relações sociais existentes e as interações com as pessoas pelo trajeto da ferrovia Vitória a Minas, a tomada do caráter econômico da estrada férrea, pensando no transporte contínuo de pessoas e no transporte do minério de ferro e sua exportação, além de citar os benefícios e malefícios da “iguaria”.

    Se considerarmos a ação cultural como uma “ferramenta” de finalidade social, que se integre com a realidade social a qual a “ação” for aplicada, ação cultural surge para responder à pergunta expressada por Coelho Neto(2006): “’O que fazer?’ com a cultura e a arte hoje, nesse tipo de sociedade que chegamos”. Qual será o retorno que a Ação Cultural pode proporcionar? A ação cultural não segue um roteiro pré-determinado, o processo de construção das representações sociais é tão importante quanto o resultado final mas que sua aplicabilidade busca promover a interação e a promoção da cultura para as pessoas em suas realidades sociais, com seus modos de ver, viver, sentir e agir.

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  3. Um projeto que surgiu através de idéias baseadas em uma lenda capixaba "A Pedra do Sete Pecados". Produção para a Disciplina Ação Cultural Ministrada pela Professora Meri Nádia Marques Gerlin.

    A partir da Lenda, o grupo formado pelos estudantes Junior, Leandro, Maykon e Verônica produziu um vídeo contando a historia de ferrovia Vitória a Minas e do minério de Minas Gerais, produto de enorme valor econômico que é uma grande fonte comercial dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, para o Brasil e o Mundo pela empresa Vale.

    Foram pesquisados a ferrovia e todo seu contexto histórico sócio-econômico-cultural, registrando e colhendo amostras de tudo o que pudesse contribuir para o vídeo, produto final do trabalho de ação cultural.

    Visitou-se o Museu da Vale, o Parque Botânico da Vale e inclusive uma viagem de trem pela Estação Pedro Nolasco até Colatina, para uma das cidades cujo desenvolvimento é, também, fruto da implantação da ferrovia.

    Saber sobre o inicio da construção das linhas férreas, o desenvolvimento das cidades que margeiam a ferrovia e as comunidades ribeirinhas do Rio Doce, que viraram grandes centros econômicos, social e político, ver e conhecer outras pessoas, suas crenças e culturas, a receptividade do povo e tudo o que gira ao redor deles foi bom para nosso aprendizado.

    “Se a natureza é sempre de alguma forma cultural, então as CULTURAS SÃO CONSTRUÍDAS com base no incessante tráfego com a natureza que chamaríamos de TRABALHO” (EAGLETON, 2005, p.12).

    No momento da viagem de trem ate Colatina é possível se ver construções antigas que tiveram seu momento de auge e que ficaram para a historia e pessoas que ganham o seu pão de cada dia vendendo seus produtos próximos à estação aproveitando as rápidas paradas do trem.

    “[...] As cidades são construídas tornando-se por base areia, madeira, pedra, água, e assim por diante, e são assim tão naturais quanto os idílios rurais são culturais. [...]” (EAGLETON, 2005, p.13). É assim: tanto a ferrovia faz parte da cidade quanto às cidades da ferrovia.

    Todas as cidades e regiões que se formaram perto dessa ferrovia tiveram suas culturas formadas e entrelaçadas com o surgimento da ferrovia

    "Lendas ou crenças, festas ou jogos, costumes ou tradições – esses fenômenos não dizem nada por si mesmos, eles apenas dizem algo enquanto parte de uma cultura, a qual não pode ser entendida sem referência à realidade social de que faz parte, à história de sua sociedade" (SANTOS, 2006, P. 46).

    Conhecer a história dessa grande empresa com clientela mundial, a Vale, foi importante para se ter uma experiência pessoal como “atores” culturais que podemos ser.

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  4. Enfim, depois de muitos encontros e desencontros, erros e acertos, várias reuniões madrugada adentro, o produto cultural produzido por nós ficou pronto. Resultado de muita dedicação, sacrifício, paciência, tolerância e muito trabalho em equipe foram fundamentais para que a criação da nossa lenda ficasse tão legal e bem criativa como ficou.

    Tendo como instrumento de partida para o desenvolvimento do trabalho apenas uma lenda de autoria capixaba, e depois de muito discutir e colocar em prática o nosso trabalho através de várias idéias nasceu o vídeo produzido pelo grupo dentro de um blog com a proposição de contemplar uma “ação cultural”.

    Segundo José Teixeira Coelho Neto (2006), em seu livro O que é ação cultural, da Coleção Primeiros Passos, define-se Ação Cultural como sendo: “um processo com início claro e armado mas sem fim especificado e, portanto, sem etapas ou estações intermediárias pelas quais se deva necessariamente passar – já que não há um ponto terminal ao qual se pretenda ou espere chegar.” (p. 12)

    Nesse contexto é exatamente isso que representou o nosso seminário da disciplina de Ação Cultural. Não tínhamos ideia de como reproduzir um produto cultural a partir da lenda: A Pedra dos Sete Pecados. Mas ao estudar essa lenda, levantar ideias de como desenvolver um trabalho em cima dela, ainda por cima fazer trabalho de campo, visitando o Parque Botânico e o Museu da Vale e andando de trem até Colatina para desenvolver este projeto. Juntando toda essa bagagem atrelada às fotos, vídeos e depoimentos coletados, pesquisados e selecionados cuidadosamente para organizar todo esse material que foi um conjunto de informações necessárias para a produção do vídeo que agora pode ser visto por qualquer pessoa que tenha acesso à Internet. Realmente eu não tinha ideia antes de realizar este seminário que tudo isso produzido por nós fosse de fato ação cultural.

    Acredito que este pequeno blog seja apenas um começo, de uma longa jornada que teremos pela frente para produzirmos mais ação cultural. Ou melhor, ainda, poder contar a todos pessoalmente sobre a produção de nosso vídeo, disseminando está informação tão preciosa e valiosa sobre a conscientização da poluição atmosférica que vivemos hoje através da lenda criada por nós a partir da lenda original e desenvolvermos um projeto em parceria com a empresa Vale, futuramente quem sabe.

    Termino citando o trecho de outro autor Terry Eagleton (2005), que resume em poucas linhas o que representou este projeto e a transformação dele até chegar à ação cultural propriamente dita. “A cultura seria uma espécie de pedagogia ética que nos torna aptos para a cidadania política ao libertar o eu ideal ou coletivo escondido dentro de cada um de nós, um eu que se encontra sua representação suprema no âmbito universal do Estado.” (p.17)
    Leandro Carlos Nossa

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  5. Parabéns pelo trabalho de vocês. Acho que deviam compor um grupo profissional para essas atividades.

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